segunda-feira, 4 de junho de 2012

Mutilada, Khady


Este livro conta-nos a história de uma mulher senegalesa chamada Khady.
 


A família de Khady pertencia à casta dos nobres e tinham a religião soninké. Viviam nos subúrbios de Thiés, no Senegal. Esta mulher, com apenas sete anos, sofreu um costume tradicional da sua região, a excisão, isto é, cortaram-lhe o clítoris. A esta prática bárbara chamam purificação.
 Na aldeia de Khady era costume as avós educaram uma determinada criança, e a avó responsável por ela era a avó Fouley, cuja morte vai transtornar Khady. 

Entretanto, Khady casou-se com um primo, de França, que tinha mais 20 anos do que ela. Já que tinha que ir viver para França, o seu objectivo era arranjar emprego, receber um salário e assim ajudar a sua família, proporcionando-lhes uma melhor qualidade de vida. 

Em França, Khady conhece uma mulher soninké, que, por sua vez, a apresenta a uma amiga que é de Dakar. O marido apresenta-lhe também duas mulheres, que eram esposas de um amigo dele (a poligamia está muito presente neste livro devido à religião a que pertencem). Khady teve a primeira filha em 1976, a quem deu o nome de Mouna. Quando ia às consulta de pediatria com a sua filha, Khady, já que aprendera bem francês, servia de intérprete entre as enfermeiras e as restantes mulheres africanas. Arranjou emprego numa estação de comboios, e enviou o seu primeiro salário para a família. A sua segunda filha nasce em 1977, Kiné, e, nesta segunda gravidez, Khady adoece e as crianças vão para casa de uma prima. Esta prima purifica as crianças; Mouna tinha 2 anos e Kiné 18 meses. 

Em 1978, nasce a terceira filha, Abi, e em 1979 entra em vigor a lei que proíbe a excisão no Senegal. Ainda nesse ano, Khady e as filhas vão ao Senegal visitar a família. No regresso a França, Khady começa um Curso de contabilidade que é interrompido em 1980, devido à quarta gravidez, desta vez de um menino, Mory. Khady começou a demonstrar que não queria ter mais relações sexuais e igualmente deixar de engravidar.  Decidiu começar a tomar a pílula, o que originou discussões conjugais. É nesta altura que arranja emprego, com um contrato de 6 meses, numa companhia de seguros. O marido volta a casar com outra mulher africana (poligamia) e Khady engravida pela quinta vez em 1984. Nasce outra filha a quem chamou Binta. Entretanto, a co-esposa do marido chega a França, e numa das vezes em que vão passear com as crianças, Kiné, morre atropelada. Khady entra em depressão, pede o divórcio e regressa ao Senegal com os 4 filhos.

Deixou que purificassem a filha mais nova, contudo agora dedica-se a lutar para que estas práticas de costumes tradicionais acabem.

Enquanto lemos este livro sentimos a revolta, mas ao mesmo tempo sorrimos com a força de vontade e com a coragem desta mulher.

Marta Luz 11ºD Nº15

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